terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma Humilde Dica Musical

Sou um consumidor compulsivo de música, se para Nick Hornby o embate entre as artes no ringue de boxe terminaria com a vitória da literatura,na minha opinião, a música aguentaria alguns rounds antes de (talvez) ser nocauteada pela arte de escrever.
Não tenho uma data ou um evento exato que determine o início do meu interesse pelo mundo musical, desde que eu me conheço por gente lembro do meu interesse pela arte. Todas as minhas memórias são ligadas a alguma música ou trilha, minhas lembranças musicais vão desde os hits tocados nos programas infantis na minha infância, passa pelo início da adolescência e as minhas fitas k-7 (bons tempos de skate o dia todo, com a mochila recheada de fitas que iam de Beastie Boys ao Sepultura),e acaba por terminar (por ora), no meu HD recheado de mp3 dos mais variados estilos e gêneros.
Devo muito da minha formação cultural ao skate, mas vou enfocar isso em outro texto, mas umas das características que eu aprendi sobre o carrinho é me desprender de qualquer preconceito.
O meu primeiro contato com o jazz foi através do esporte, ver o Mark Gonzales (Google it!), andando pelas ruas de NY ao som de John Coltrane foi um choque.
Dentre as gratas surpresas musicais descobertas nos últimos tempos, uma das melhores sem dúvida foi a Stones Throw Records.
A gravadora que tem base em Los Angeles/Califórnia, me foi vendida como uma gravadora de rap, mas, surpreendetemente, vi ali algo muito mais criativo.
Era rap sim, mas fugia daquela fórmula batida de rimas sobre carros/jóias/mulheres e os beats pobres.
Sem dúvida considero a gravadora uma das mais criativas do mercado atual (aliás recomendo aos amantes da música negra - não só rap - que assinem o podcast da Stones Throw.
O rótulo de gravadora de rap, acredito que não se aplica mais, pois o casting do selo, hoje, abrange todas as vertentes da black music americana.
Seria deles o mesmo papel que teve a Motown nas décadas de 60/70?
Acredito que não, pois apesar reciclar um gênero que caiu no formulismo fácil do clichê, ela não criou nada novo,apenas repaginou algo do passado.
Duas das presenças mais recorrentes no meu iTunes são provenientes da gravadora, o primeiro é um soul singer multi-instrumentista que parece saido direto do catálogo da Motown. Dono do melhor disco do ano passado, na minha humilde opinião, Mayer Hawthorne parece ter vindo direto dos anos 70 (parafreseando uma crítica sobre o disco, " Não importa se isso é novo ou velho, mas isso é muito bom"). A outra descoberta, é o Dam-Funk, como o nome sugere, vocês já imaginam, uma extensa gama de sintetizadores e timbres provenientes dos anos 80.
Vou colocar alguns links, dos meus artistas prediletos do selo:

The Sound Providers



J Dilla



Mayer Hawthorne



Dam Funk

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